Jordânia e Israel

 


Viagem que se suponha ser passeio, conhecimento, fé, foi ao que se pode chamar de frustração parcial.

Logo no início, 48 horas acordado. Pois o que nos havia de calhar.  Greve na companhia aérea alemã contratada, tendo e bem, como alternativa, outra, para melhor. Turca (mas com percurso mais longo), o que motivou chegada ao destino duas horas e meia mais tarde e uma alvorada muito cedo para os nossos hábitos.

Queríamos absorver o mais possível de cultura e paisagem, portanto cama, nada. Um duche e esperar cerca de 2 h pela saída.

Vamos, pois, dividir a descrição em duas fases.

A primeira a que mais me satisfez. Jordânia.

A segunda Israel, que se não fosse a mentalidade da guia, seria ao que se pode chamar de um programa de fé, cultura e divertimento, embora curto.

Primeira fase:

Jordânia. Guia falando português com sotaque brasileiro.

Cuidadoso, não muito maçador em explicações, tradutor sempre que preciso entre a língua árabe e a portuguesa.

Na primeira intervenção com o grupo, em Amã, na Cidadela, foi-nos explicado o significado das cores da bandeira jordana, (as 3 cores horizontais, preto branco e verde, representas as 3 dinastias muçulmanas, O triângulo vermelho representa a dinastia Hashemite e a Revolta Arábica, a estrela de 7 pontas, os primeiros sete versos do Corão). Dado a conhecer o estilo de habitação e mostradas as ruínas romanas, como as colunas de Hercules e o anfiteatro de 3 andares.

Depois da aridez desértica e falta de água, tem um solo rico em fosfato, potássio, cimento, calcário branco e turismo.

Há quem diga que é um país sujo, pela quantidade de sacos plásticos e papel, espalhados e presos nas vedações na vasta planície árida, percorrida por longas estradas em linha reta.

Aqui e além vesse um aglomerado de casas, aldeias árabes, rebanhos de cordeiros pastando não sei o que, e de onde em onde uma cidade muito maior, ladeada de ventoinhas eólicas.

A distância entre Amã e Petra é de 236 quilómetros.

Este foi o destino principal na viagem à Jordânia, no dia 2 de setembro de 2022.

Segunda fase:

Aquela que mais gostaria de ter visto ao pormenor, (apesar de saber e me terem dito que o chão por onde Jesus andou, não tem nada a ver com as atuais ruas e sítios bíblicos), sentir a emoção do momento, e as diversas religiões que por ali existem, e as atrocidades mesmo antes de Jesus nascer, e posteriormente, ser mártir do vandalismo humano.

Guia judia alemã, a falar português com sotaque brasileiro.

Aqui em Israel, mais propriamente Jerusalém,  aponto o dedo ao agente de viagens, em querer fazer um circuito muito grande, e com muitas pessoas, (38 pessoas), em 3 dias, numa cidade que deve ser absorvida, pelo visitante, tanto pela fé, como pela beleza de tudo o que vemos. As contratações locais com os agentes de hotelaria, a pessoa,  que nos elucidaria sobre o que estávamos a ver, o medo que esta nos incutia sobre roubos, e o oportunismo em ganhar mais algum dinheiro, em programa extra,  em viagem noturna, onde só se via o breu dentro de uma camioneta, ora à esquerda ora à direita, do tipo, à esquerda é isto à direita é aquilo, com direito a 2 paragens. Uma no moinho (yemin moshe, região residencial fora do centro),  outra num centro comercial, a céu aberto, igualmente fora da cidade histórica.

Esta cidade e país não tem nada a ver com o país anteriormente descrito, árido, desértico.

Fazem aproveitamento massivo da água do rio Jordão para culturas agrícolas e bem-estar humano, impedido o seu curso normal até ao mar morto, evaporando-se, este, 70 cm por ano, por falta do alimento natural, o único rio que aí desagua, apesar do aproveitamento e transformação da água do mediterrâneo, salgada em doce.

País que lhe foi oferecido pelos vizinhos e que agora, até mesmo nos nossos dias é disputado palmo a palmo, com enormes muros de vergonha, divisórias de território, fazendo lembrar o antigo muro de Berlim.

Este povo não aprendeu nada com a matança dos seus ou então é “olho por olho, dente por dente”.

A bandeira:

A bandeira foi desenhada para o Movimento Sionista em 1891. O desenho básico remete ao Talit, o xale ritual de oração judaico, que é branco com listras azuis. O hexagrama no centro é o Magen David ("escudo de David").

Capital: Telavive

Grande, moderna, sempre a ser ampliada com enormes arranha céus com mais de 50 andares, envidraçados e voltada para o mar.

Distância entre Jerusalém e Telavive 66 quilómetros.


Desculpem o desabafo, mas até haveria mais que contar sobre este descontentamento.

Poupo-vos a mais pormenores.


                                                Chegada a Istambul, com destino Amã.

Coloco esta fotografia, tirada do avião, para mostrar a separação entre a Europa e a Ásia na cidade de Istambul.

                                                          Já em Amã, o nascer do sol



                                                         Panorâmica da cidade de Amã



                                 Monte Nebo, local onde Moisés avistou a terra prometida





                                          Mosaicos na igreja do Monte Nebo e seu interior




Loja e fábrica de mosaicos em Madaba (Jordânia).







Igreja em Madaba com o célebre mapa em mosaico com mais de dois mil anos.




No caminho para Petra (Jordânia) e Hotel Hayat Zaman









Pequena Petra






Petra



























Deserto de Wadi Rum

Passeio de 4x4





















O Pôr do sol no deserto de Wadi Rum (Jordânia)






Castelo dos cruzados, quando da ida à terra santa séculos XI e XII
(Castelo Shobak)





O mar Morto, visto do lado Jordano






Entrada em Israel
(Fronteira de Allenby)
Para se passar do lado Jordano para o Israelita, temos de passar talvez por umas 6 portas, se a memória não me falha, altamente policiada.






Do monte Scopus a cidade muralhada de Jerusalém, com vista para a cidade moderna, ladeada pelo cemitério judaico, onde os mortos aguardam pela vinda do messias para os salvar das trevas do inferno




                                             Cemitério Judaico, no monte das oliveiras.


O Monte do Templo, local onde se diz que Abraão ia sacrificar seu filho, e local de partida do profeta Maomé aos céus, local este guardado e sagrado para os muçulmanos.


                                              Basílica da Agonia no Jardim de Getsêmani








Santuário do Livro de Israel (onde se encontram os manuscritos descoberto no  mar morto)






Bairro Yad Vashem (museu do Holocausto)




                                       

                                              Memorial às crianças mortas no holocausto 

Apelativo à parte sensorial do ser humano, o pedido de silêncio, a preparação que é dada por quem nos acompanha e depois a música de fundo, a voz grave da pessoa que dá a conhecer o nome e país dos torturados e mortos, o estar completamente às escuras agarrado a um corrimão, deixa-nos com um nó na garganta que dura a desfazer. 




                           Bairro Ein Karem (Igreja de S. João Batista e Igreja da Visitação)






                                                                 Igreja da visitação,







                                              Porta do Sol e Porta do Lixo em Jerusalém



                                                             Muro das Lamentações




                                                   Via Dolorosa no Bairro Muçulmano












                                                          Igreja do Santo Sepulcro






                                                        






                                                  Monte Sião e Tumulo do Rei Davi






                                             O muro da vergonha entre Palestina e Israel


                                               Igreja da Natividade em Belém (Palestina)













                                                           Jaffa e seu magnifico porto



Monte Carmel e o mosteiro das Carmelitas Descalças, bem como a paisagem que se vê deste monte, (Baía de Haifa, bem como o jardim Persa.)








                                    Cesareia, templo romano, ruinas do forte dos cruzados














                                                   Telavive (cidade velha e cidade nova)













                                                                 Regresso a Portugal   







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